Alunos da Veneranda participam de audição

Dois dias de muita música e uma gostosa viagem a cultura. Essa é uma das propostas das audições que vão acontecer nesta sexta-feira, 26 e sábado 27, no teatro Fernando Torres, em Guaçuí. Os eventos acontecem em comemoração aos 10 anos do Movimento Cultural de Música, que reúne crianças, jovens e adultos. A expectativa é que 250 alunos apresentem as músicas, que além de coral, com muitas vozes, terão instrumentos, principalmente de sopro. As crianças que estudam no projeto social da Casa de Veneranda, se apresentam junto com outros alunos, mostrando como funciona essa integração.

De acordo com o professor, Celso Montoni, existe uma expectativa muito grande para o evento, tanto das famílias, como da comunidade e dos próprios alunos. “Vamos fazer um resgate musical e uma verdadeira diversidade de sons. Em comemoração, a esses 10 anos vale destacar alunas que nos acompanham desde o início, como a Brenda e a Beatriz. O movimento cresceu. É lindo ver essa união”, lembra Celso.

Os números mostram esse crescimento apontado pelo professor, há um ano o “Movimento Cultural de Música” está funcionando na Casa de Veneranda, atualmente são 260 alunos, deste número, 110 recebem bolsa de estudo para aprender música. As aulas acontecem de segunda a sexta-feira, como também em projetos sociais aos sábados.

“Se não fosse a Casa de Veneranda a escola de música não estaria nesse patamar. Antes não tínhamos espaço, agora a realidade é completamente diferente, temos muito espaço para trabalhar. Com o tempo, estamos aprendendo a trabalhar cada dia melhor, a lidar com a família e investir na música de qualidade, sendo esse nosso objetivo”, destaca Celso.

Parceria

Para a vice-presidente da Casa de Veneranda, Camila Nasser, o trabalho da escola de música veio somar a outros projetos sociais da Casa. “Foi uma parceria muito feliz. Tenho certeza que estamos no caminho certo. Educação não é só na escola, mas da arte de uma forma geral. Começamos com 20 bolsistas, hoje temos 110. As pessoas que não tem condições de pagar pela mensalidade, podem ser contempladas com bolsas”, diz Camila.

Não deixe de ir:

Local: Teatro Fernando Torres

Dias: 26 e 27 de julho

Hora: 19h

Ingresso: R$ 8,00

Bailarina de Guaçuí vai fazer teste no “Ballet Bolshoi”

“Meu sonho era ir para o Bolshoi e agora vou ter essa oportunidade”. A frase é da bailarina Raquel Pereira Rodrigues Ribeiro, de 14 anos, que estuda no Ballet Guaçuí e daqui a um mês, vai fazer um teste no “Ballet Bolshoi”. Coração acelerado, expectativa por realizar um sonho e também ansiedade. Será um início de uma grande bailarina? A adolescente de família humilde nunca saiu de Guaçuí, isso mesmo, nunca viajou para outra cidade, mas agora através da dança a sua vida pode mudar.

Quem coordena todo o trabalho é o professor e coreografo, Glheison Reis, que está à frente do “Ballet Guaçuí” há seis anos. De acordo com ele, Raquel está a dois anos se dedicando a dança, mas com as técnicas e o empenho, parece que está quatro anos a frente. A delicadeza, o corpo esguio e a elasticidade, chamam atenção no trabalho de Raquel.

“A história dela é muito bonita, através da professora Luziete, que dá aulas em uma escola da cidade, ela conseguiu começar a fazer ballet, em seguida, a academia que praticávamos a dança também adotou Raquel como bolsista. Hoje, a bailarina tem bolsa de estudos na Casa de Veneranda, a instituição também está custeando a viagem e alimentação. Acreditamos no trabalho dela e no futuro de bailarina”, comenta o professor.

                                             Muita dedicação e treinos puxados

Os treinos são puxados, Raquel faz ballet na Casa de Veneranda de segunda a sexta-feira, muitas vezes até aos sábados. Uma disciplina rigorosa, que resulta em ótimos trabalhos, a exemplos de outros talentos do “Ballet Guaçuí”. “Estou indo para passar, mas só o fato de estar lá já é uma vitória”, lembra a bailarina. Que se não tivesse recebido ajuda, nunca teria condições financeiras para realizar o sonho de ser dançarina.

                                          Simplicidade que pode ganhar o Brasil

Vale lembrar, que não é a primeira vez que bailarinos de Guaçuí fazem o teste no ballet mais concorrido do Brasil: “O Bolshoi”. Os bailarinos Maria Gabriela Machado e João Paulo, foram em outros anos, inclusive João Paulo conseguiu passar no teste e há três anos, estuda em Joinville, no Sul do Brasil.

A expectativa do professor Glheison era levar mais bailarinos, pelo menos mais quatro, mas só será possível levar uma bolsista, que é a Raquel e outra aluna, Maria Gabriela, vai com o patrocínio dos pais. “A viagem será no dia 25 de julho, se até lá conseguirmos apoio, podemos levar mais bailarinas. Seria muito importante”, finalizou o professor.

                                   Raquel faz o teste no mês que vem em Joinville   

Ballet Guaçuí- A escola de dança conta hoje com 150 alunos, deste 60 são bolsistas do projeto social Casa de Veneranda, inclusive as aulas acontecem em um dos salões da instituição. A escola de ballet também tem ramificação no noroeste do Rio de Janeiro, na cidade de Varre Sai.

                                           Raquel tem se dedicado todos os dias nos treinos

Casa de Veneranda com aulas abertas para comunidade

O imponente prédio da Casa de Veneranda, em Guaçuí, voltou abrir as portas para comunidade com aulas de ballet, danças, música, slackline, crossfit na areia e outras atividades. O prédio que tem 57 anos, já abrigou um orfanato, uma creche municipal e agora, volta a atender a comunidade, principalmente os mais carentes.

De acordo com a vice-presidente da Instituição, Camila Nasser, os projetos começaram efetivamente em março deste ano. A ideia é oferecer bolsas de 100%, 50% e outros valores para as pessoas. De maneira que a instituição seja mantida, mas que nunca deixe de realizar o seu papel social que a família Andrade sempre preservou.

“Importante que temos movimentação na casa nos três turnos. O Centro de Música Celso Montone funciona na instituição, só neste projeto, por exemplo, são 120 bolsistas e já temos 46 instrumentos. Aulas de ballet, sempre dando oportunidades para crianças que tem sonhos, mas antes não encontravam oportunidades”, lembra Camila.

Novidades em atividades, como as aulas de slackline e crossfit, que ainda tem vagas para bolsistas 10%, ou mesmo, quem quiser contribuir com o projeto pagando mensalidade em preço acessível. Tem também a inovação com aulas de Joy Dance, que tem levado alegria para muitas pessoas, misturando dança e atividade física.

 Quem gostou do projeto para participar, ou mesmo, para oferecer ajuda como voluntária basta ligar para os telefones: 3553 1032 ou 9 9966 6147. A Casa de Veneranda em Guaçuí fica ao lado do Teatro Fernando Torres.

Conheça as atividades da Veneranda:

Centro de Música Celso Montone- aulas de coral, violino, flauta, guitarra, entre outros. Segunda a sexta-feira

Joy Dance- aulas terça e quinta-feira ás 19h ás 20h

Crossfit- terça, quinta e sexta-feira- 6h/18h/18h40/19h40

Slackline- terça e quinta-feira 10h ás 11h

Ballet- segunda á sexta-feira

Veneranda surgiu para ajudar o próximo

                                             Lula Pires "um trabalhador do bem"

A “Veneranda” foi fundada em 27 de maio de 1957. Um ano depois, em 10 de janeiro de 1958, o terreno foi comprado para iniciar a construção com recursos próprios de Lula Pires e João de Azevedo Lobato.E essa vontade de fazer mais pela comunidade de Guaçuí deu lugar a Casa da Criança de Veneranda, que foi pensada no plano espiritual pelo espírito João Grosso e psicografada, pelo médium capixaba Julio César Grandi Ribeiro. O nome Veneranda foi uma homenagem a Ministra da Colônia Espiritual "Nosso Lar". A obra foi inaugurada em 10 de outubro de 1976, dezoito anos depois do início das obras. A grandiosidade da obra é um exemplo de amor ao próximo, os fundadores contaram com muitas doações para a realização desse sonho.

Casa de Veneranda construída para comunidade

Um gigantesco prédio construído bem no coração de Guaçuí, no centro da cidade, repleto de histórias e cheio de luz. Mas antes de ser tão imponente foi pensado no plano espiritual pelo espírito João Grosso e a planta psicografada, pelo médium capixaba Julio César Grandi Ribeiro, a “Veneranda” foi fundada em 27 de maio de 1957. Um ano depois, em 10 de janeiro de 1958, o terreno foi comprado para iniciar a construção com recursos próprios de Lula Pires e João de Azevedo Lobato. O nome “Veneranda” foi uma homenagem a Ministra da Colônia Espiritual "Nosso Lar". A obra foi inaugurada em 10 de outubro de 1975, dezoito anos depois do início das obras.

Nos corredores largos da Casa de Veneranda é possível sentir a força da espiritualidade e a amplitude de um dos maiores projetos espíritas capixabas e também brasileiros. Os 2 200 m/2 de área construída representam a união da comunidade. Tudo foi feito graças a rifas, bingos e até a venda de café, da propriedade de Lula Pires que tinha destino certo, na compra de materiais. Assim que inaugurou, o orfanato começou a funcionar com doze crianças, que encontraram lar entre as paredes do prédio e no coração dos administradores.

Mas com as mudanças no Estatuto da Criança e do Adolescente, a “Casa de Veneranda” deu lugar a Creche Vovó Cotinha, em 1991. Os trabalhos começaram com 20 crianças, mas em 22 anos de funcionamento, até 100 crianças chegaram a estudar na creche. Foram muitas festas, aniversários, apoio de voluntários e dia a dia, muita luta para manter a instituição funcionando. No início, a obra era mantida com o dinheiro de aluguel de garagens, campanha do quilo e sócios fiéis, sem falar da comunidade que sempre ajudou com doações. Mais tarde a prefeitura deu apoio, com a merenda e um repasse de verba.

No final de 2013, novas mudanças. A Casa de Veneranda deixou de ser creche, para se tornar um grande centro cultural. Aulas de ballet, dança, artes marciais, slakeline e música. Voluntários que se uniram para fazer cada um a sua parte. 

Em 2015, os projetos sociais continuam de segunda a sexta-feira com oficinas em vários horários do dia, aos sábados crianças dos bairros Vale do Sol e Roberto Mendes, ganharam também uma programação com oficinas, palestras e lanche. O município alugou o primeiro andar da instituição para o projeto “Mais Escola”, onde está sendo desenvolvido a “Escola de Tempo Integral”, da Escola Municipal Deocleciano de Oliveira. Os alunos chegam ás 7h30min e ficam até 15h30min. Além das disciplinas tradicionais, fazem esporte, tem contato com cultura e sustentabilidade.

O trabalho de amor ao próximo, que foi o motivo da construção, continua nos corredores longos da casa e na vontade de mudar a realidade de quem mais precisa. Agora, crianças e jovens recebem a arte através de bolsas de estudo. Mais de 200 alunos fazem parte do projeto. Projeto que só existe com a boa vontade de pessoas que por aqui passaram, deixaram suas histórias e deram espaço, para que novas histórias comecem a ser escritas.

--